Rewrite the content below in a natural and informative way. Keep the HTML tags:
O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, defendeu as medidas impostas por Donald Trump contra o Brasil. Segundo ele, as tarifas anunciadas pelo chefe da Casa Branca são “praticamente definitivas” e a possibilidade de uma renegociação imediata estaria descartada.
“Estas tarifas são praticamente definitivas”, declarou Jamieson Greer em uma entrevista pré-gravada exibida neste domingo (3) pelo canal CBS. Ao ser questionado sobre possíveis negociações para reduzi-las, Greer considerou que é improvável que ocorram “nos próximos dias”.
Leia também
-
Café: após tarifaço dos EUA, China libera 183 exportadoras brasileiras
-
Governo Lula avalia impacto e analisa respostas ao tarifaço de Trump
-
Tarifaço: restaurantes dos EUA pedem a Trump que carne seja excluída
Trump assinou na quinta-feira a ordem executiva que estabelece o nível das novas tarifas, que afetarão dezenas de países e que variam entre 10% e 41%. As novas taxas de importação entrarão em vigor para a maioria dos países em 7 de agosto, para que as alfândegas tenham tempo de preparação para a cobrança.
Os produtos da União Europeia (UE), Japão e Coreia do Sul serão taxados em 15%, os produtos do Reino Unido em 10%. A Indonésia enfrentará uma tarifa de 19% e Vietnã e Taiwan de 20%. “Podemos ver claramente as linhas gerais do plano comercial do presidente nas tarifas”, comentou Greer.
O Brasil, que na visão de Trump é culpado de levar à Justiça seu aliado de extrema direita, o ex-presidente Jair Bolsonaro, verá seus produtos exportados para os Estados Unidos afetados por uma tarifa de 50%.
“Abuso da democracia”
Ao ser questionado se a medida estaria ligada a motivações políticas, e não econômicas, o representante comercial dos Estados Unidos disse que “o presidente [Trump] observou no Brasil, como em outros países, um abuso da lei, um abuso da democracia”. Segundo Greer, “é normal utilizar estas ferramentas (tarifas) por razões geopolíticas”.
“Por que vocês estão tentando influenciar um processo criminal [no Brasil]”, insiste a jornalista. “Esse é o trabalho dele [Trump] como presidente”, retrucou Greer. “Ele foi eleito para avaliar a situação dos assuntos de política externa nos Estados Unidos e tomar as medidas apropriadas”, concluiu.
Além das tarifas anunciadas por Washington, o juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro Alexandre de Moraes, que preside o julgamento de Bolsonaro, foi alvo de sanções econômicas do governo norte-americano, que o acusa de efetuar uma “caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”. Segundo a Casa Branca, Moraes “abusou de sua autoridade judicial para ameaçar, apontar e intimidar milhares de seus oponentes políticos”, em coordenação com outros ministros do STF.
Em resposta, Moraes declarou na sexta-feira (1°/8) que a corte não cederá às “ameaças” da administração Trump.
Leia mais em RFI, parceira do Metrópoles.