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O lançamento do filme Homem com H, e sua chegada ao streaming, colocou Ney Matogrosso nos holofotes, com muitos querendo saber detalhes sobre a vida do artista. Um dos momentos mais marcantes da produção é o relacionamento de Ney com Cazuza.
Apesar da relação entre os dois ter sido retratada no longa, uma parte importante da história ficou de fora da produção: o momento em que o pai de Cazuza, João Araújo, fundador da Som Livre, tentou separar os dois. O episódio foi registrado na biografia de Ney Matogrosso, publicada em 2021 pela Companhia das Letras.
Segundo a biografia, Cazuza desconfiou que os pais queriam afastá-lo de Ney Matogrosso quando os dois voltaram de viagem e perceberam que os filmes das câmeras fotográficas deles tinham sumido. “Isso só pode ser coisa do ‘mafioso’, teria dito Cazuza na ocasião, certo de que o pai tinham ordenado que funcionários sumissem com “qualquer vestígio de imoralidade”.
O cantor teve certeza de que o pai tinha descoberto a relação com Cazuza quando ele e a mãe ofereceram uma viagem para a estação de esqui em Megêve, na França, com passagens por Paris e Nova York, em companhia de uma namorada.
“Cazuza disse a Ney que o pai deveria ter descoberto a relação dos dois e que, com a viagem, queria separá-los. ‘Ele está querendo me tirar de perto de você’. Ney entendeu que o parceiro deveria ir e fez uma promessa: ‘Aproveita. Quando você voltar, eu estarei aqui’. Cazuza aceitou o convite e chamou a amiga Patrícia Casé. Deixou seu carro com a antena do rádio quebrada na garagem de Ney e partiu”, diz um trecho da Biografia.
Cazuza e Ney Matogrosso tiveram um relacionamento amoroso em 1983 por “três intensos meses”, como Ney mesmo descreve. Mas a relação entre os dois durou muito mais que isso: foi Matogrosso o responsável pela direção artística da última turnê de Cazuza e foi Matogrosso o primeiro nome da MPB a gravar uma música do Barão Vermelho, o sucesso Pro Dia Nascer Feliz.
Ney Matogrosso foi cortado de cinebiografia
Apesar de Cazuza ser presença marcante no filme Homem com H, Ney Matogrosso foi excluído da cinebiografia de Cazuza: Cazuza — O Tempo Não Pára (2004).
“Quando me lembro do filme que fizeram sobre ele, eu fico triste. Não é falar mal, mas é muito reducionista. Ele era muito mais do que aquilo que tentaram retratar, isso me incomoda”, afirmou Ney na autobiografia Vira-Lata de Raça.