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Rewrite this title naturally: Hamas condiciona ajuda para reféns a corredores humanitários



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O Hamas condicionou o envio de ajuda para reféns israelenses ao estabelecimento de corredores humanitários para a passagem de alimentos e outros suprimentos em toda a Faixa de Gaza. Nos últimos dias, a divulgação de imagens que mostram reféns em extrema desnutrição gerou comoção em Israel, levando o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a apelar ao apoio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

As Brigadas Al-Qassam – braço militar do Hamas, organização considerada como terrorista por União Europeia, Alemanha, Estados Unidos e outros – disseram não ter privado “intencionalmente” os reféns de comida, mas que eles não receberiam privilégios diante da fome e do cerco a Gaza por Israel.

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Uma gravação de quase cinco minutos mostra Evyatar David, de 24 anos, em um túnel estreito, sendo forçado a cavar o que é descrito como sua “própria cova”. No vídeo, ele relata os dias em que recebeu apenas feijão, lentilhas ou, às vezes, nada para comer.

O CICV disse em nota que estava “chocado com os vídeos perturbadores” e reiterou seu pedido para ter acesso aos reféns, a fim de fornecer alimentos e tratamento médico.

Em nota, o escritório do primeiro-ministro israelense disse que Netanyahu havia conversado com parentes de dois reféns que apareciam nas gravações. Ele “disse às famílias que os esforços para retornar todos os nossos reféns estão em andamento”, segundo o comunicado.

De 251 reféns inicialmente capturados, 49 permanecem no cativeiro do Hamas – dos quais 27 estão mortos, diz Israel.

Pressão internacional

No fim de semana, milhares de pessoas protestaram em Tel Aviv para pressionar o governo israelense a obter a liberação dos reféns mantidos em cativeiro desde 7 de outubro de 2023. As famílias expressam frustração com o governo de Israel, afirmando não ver avanço claro nas negociações.

Os vídeos divulgados pelo Hamas fazem explícita menção à demanda por um cessar-fogoe por alívio à crise humanitária em Gaza, imersa num cenário de fome generalizada.

Uma sessão emergencial sobre a situação dos reféns é esperada para esta terça-feira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A chefe de diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, disse que as imagens “expõem a barbaridade do Hamas” e que “o Hamas deve se desarmar e pôr fim ao seu domínio em Gaza”.

Já um grupo de 550 ex-oficiais de segurança israelenses – incluindo antigos chefes dos serviços de espionagem, militares, policiais e diplomatas – apelaram ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pressionar Netanyahu a acabar com a guerra em Gaza.

Uma carta conjunta afirma que o Hamas já não representa uma ameaça estratégica para Israel. O país “tem tudo o que precisa para gerir as suas capacidades terroristas residuais”, diz o texto, enquanto “os reféns não podem esperar”.

Esta guerra “deixou de ser uma guerra justa e leva o Estado de Israel a perder a sua identidade”, afirmou em vídeo Ami Ayalon, antigo diretor do Shin Bet, o serviço de segurança interna israelense.

Mortes por fome em Gaza

Israel bloqueou em grande parte a entrada de ajuda humanitária a Gaza, e diversas organizações relatam que o território vive uma crescente crise alimentar. A população palestina arrisca suas vidas na tentativa de obter suprimentos distribuídos por canais controlados.

Nesse domingo (3/8), autoridades em Gaza disseram ter registrado cinco óbitos de adultos relacionadas à fome e desnutrição. No total, pelo menos 180 pessoas em Gaza já morreram pelos mesmos motivos desde o início da guerra, incluindo 93 menores de idade.

A maioria das mortes aconteceu nas últimas semanas, com o agravamento da crise humanitária no território.

Outras 14 pessoas morreram enquanto esperavam para coletar alimentos em dois pontos diferentes. À AFP, uma testemunha disse que soldados abriram fogo contra a população civil em um deles.

O ataque do Hamas contra Israel em outubro de 2023 resultou na morte de 1.219 pessoas, a maioria civis, com base em números oficiais. A campanha de Israel em Gaza matou pelo menos 60.430 pessoas, também em sua maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas, considerados críveis pela ONU.

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