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Baseado no romance My Oxford Year, da autora Julia Whelan, o filme Meu Ano em Oxford, recém-lançado pela Netflix, adapta livremente a história original — com mudanças significativas em personagens, enredo e, sobretudo, no desfecho. Para quem leu o livro, o fim do longa protagonizado por Sofia Carson pode ser especialmente surpreendente.
Apesar de ainda não ter versão em português, o livro conquistou leitores com sua abordagem emocional sobre amor, perda e escolhas de vida. Já o filme, embora mantenha a premissa central, toma diversos rumos distintos.
Uma das primeiras alterações está na própria protagonista. Na obra literária, a personagem principal se chama Eleanor Duran, é natural de Ohio e chega a Oxford com uma bolsa Rhodes. Já no longa, a personagem se transforma em Anna De La Vega (Sofia Carson), oriunda de Nova York. A trajetória profissional também foi alterada: Eleanor é envolvida em uma campanha política nos EUA, enquanto Anna segue para um emprego na Goldman Sachs após a graduação.
Mudanças no histórico familiar também impactam a construção emocional da protagonista. No livro, Eleanor perdeu o pai em um acidente de carro durante a infância — um trauma que influencia sua relação com a mãe e seu vínculo com Jamie, o par romântico da trama. No filme, o pai de Anna está vivo e a relação com Jamie segue outros caminhos.
As diferenças seguem com os personagens coadjuvantes e até nos detalhes da revelação sobre o estado de saúde de Jamie. Na obra original, Eleanor descobre que Jamie está doente ao não encontrá-lo na biblioteca onde dizia estudar. No filme, essa revelação vem por meio de uma bibliotecária. A identidade do irmão falecido de Jamie também muda: no livro, é Oliver; no filme, Eddie.
Final do filme diverge do romance
A maior divergência, no entanto, está no final. O livro encerra com um tom melancólico, porém aberto: Eleanor decide ficar na Inglaterra, deixando em suspenso o futuro com Jamie. A história sugere que o casal pode não ter sido feito para durar, mas evita respostas definitivas.
Já o filme opta por um desfecho mais simbólico e emotivo. Após debates internos entre os produtores, a versão final mostrou Jamie morrendo, enquanto Anna viaja pela Europa cumprindo o sonho que tinham juntos. Em cenas que emocionaram o público-teste, o personagem de Corey Mylchreest desaparece aos poucos das imagens, representando a presença dele na memória e na transformação da protagonista.
A decisão criativa foi discutida até os últimos estágios da produção. Segundo Sofia Carson, que também atuou como produtora, a escolha pelo final trágico foi feita para transmitir a ideia de esperança e continuidade após a perda.
Tanto Carson quanto Mylchreest destacaram, em entrevistas, o impacto emocional da história. O ator mergulhou em pesquisas sobre o direito de morrer com dignidade, tema central na narrativa. Já Carson reforçou que a aceitação de Anna diante da decisão de Jamie é o que mais a transforma. “Ela aprende a viver com amor, alegria e plenitude”, afirmou.