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Rewrite this title naturally: Ministro de Israel gera crise após orar em templo muçulmano



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O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, realizou neste domingo (03/08) uma oração pública na Esplanada das Mesquitas. O local é um dos sítios religosos mais sensíveis de Jerusalém Oriental e está no centro do conflito entre israelenses e palestinos.

Na ocasião, o político nacionalista de ultradireita Ben Gvir ainda sugeriu que Gaza seja integralmente ocupada por Israel.

Tomado como uma provocação pelo mundo muçulmano, o movimento violou um acordo histórico que proíbe orações judaicas no local e desencadeou condenações de diversos países da região.

Com o governo de Benjamin Netanyahu enfrentando críticas globais devido às condições de fome no território palestino, a visita de Ben Gvir ao local, chamado de Monte do Templo pelos judeus, ameaçou prejudicar os esforços para obter um cessar-fogo.

Acordo proíbe oração judaica

O complexo ao redor da mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do Islã, chamado pelos muçulmanos de Haram al-Sharif, e também o mais sagrado do judaísmo. Ele foi construído em Jerusalém Oriental sobre as ruínas de dois templos judaicos. Israel ocupou a área em 1967, em uma ação não reconhecida por parte da comunidade internacional.

Desde então, Israel celebrou um acordo com a Jordânia, que é guardiã do local, em que permite a visita de não-muçulmanos ao complexo, mas proíbe judeus de realizarem orações ou rituais religiosos. O entendimento foi formalizado em um acordo de paz entre os dois países em 1994.

Nos últimos anos, porém, o pacto conhecido como “status quo” foi violado por visitantes judeus nacionalistas, incluindo membros do parlamento israelense.

Haram al-Sharif também foi palco de repetidos choques entre policiais israelenses e palestinos.

A visita de Ben Gvir no domingo, no entanto, marcou a primeira vez que uma oração foi recitada publicamente por um ministro do governo de Israel, segundo a mídia israelense. O próprio ministro afirmou que orou no local.

A data escolhida por Ben Gvir para sua ação foi simbólica. No calendário hebraico, o domingo marcou a Tisha B’Av, um dia de jejum em memória da destruição dos dois templos judaicos que antes existiam no local. Ele esteve no complexo ao lado de colonos israelenses.

Países condenam “provocação”

A ação de Ben Gvir, descrita pelo jornal israelense liberal Haaretz como uma “provocação”, recebeu condenação da Autoridade Palestina, que chamou o ato de uma “escalada perigosa”. Jordânia, Turquia e Arábia Saudita também criticaram o movimento.

“Condenamos veementemente a invasão realizada na Mesquita de Al-Aqsa por certos ministros israelenses, sob a proteção da polícia israelense e acompanhados por grupos de colonos israelenses”, disse o ministério das Relações Exteriores da Turquia em comunicado.

“A segurança da Mesquita de Al-Aqsa e a preservação da identidade sagrada de Jerusalém não são apenas prioridades regionais, mas também uma responsabilidade primordial em nome da consciência coletiva da humanidade”, afirmou.

Em 2023, Ben Gvir também disparou uma crise ao visitar a Esplanada das Mesquitas, sem ter feito orações públicas na ocasião.

Ben Gvir pede conquista de Gaza

“Assim como demonstramos que é possível exercer nossa soberania no Monte do Templo, também é possível ‘conquistar toda a Faixa de Gaza’ e ‘promover a emigração voluntária’”, disse Ben Gvir em um vídeo gravado no local.

Ben Gvir afirmou ainda que Israel deveria responder aos “vídeos horríveis” de dois reféns israelenses divulgados por grupos militantes palestinos nesta semana, onde um deles é visto desnutrido e cavando a própria cova.

Após a visita, Benjamin Netanyahu afirmou que “a política de Israel de manter o status quo no Monte do Templo não mudou e permanecerá inalterada”.

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