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Um grande estudo de revisão, publicado no The Lancet Public Health, verificou que andar sete mil passos por dia está associado a um risco significativamente menor de morte prematura, além de diminuir a incidência de condições como doenças cardíacas, diabetes, demência e depressão. Os resultados indicam um número menor do que a tão difundida meta de 10 mil passos por dia — o que muitas pessoas não conseguem atingir.
Para a autora sênior do estudo, Katherine Owen, da Universidade de Sydney (Austrália), a ideia de 10 mil passos sempre foi um número arbitrário. “A meta surgiu no Japão como parte de uma campanha de marketing antes das Olimpíadas de Tóquio, em que escolheram 10 mil passos. Era cativante e memorável, e realmente pegou”, afirma ela.
O estudo
Na mais recente pesquisa, os cientistas avaliaram dados de 57 estudos que incluíram mais de 160 mil adultos para entender as conexões entre contagens diárias de passos e uma ampla variedade de resultados de saúde. Em comparação com dois mil passos por dia, dar sete mil passos foi associado a um risco 47% menor de morte prematura por todas as causas.

As descobertas também indicaram outros benefícios:
- 25% menos risco de desenvolver doenças cardíacas;
- 47% menos probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares;
- 37% menos chances de morrer de câncer;
- 14% menos risco de desenvolver diabetes tipo 2;
- 38% menos risco de desenvolver demência;
- 22% menos chances de apresentar sintomas de depressão;
- 28% menos risco de quedas.
Visto que, na média, uma pessoa anda aproximadamente 5 mil passos por dia (seguindo uma rotina habitual), o número apresentado pelo estudo não parece tão inatingível. É importante destacar, também, que qualquer passo conta para esse total — inclusive ir ao banheiro ou buscar um copo de água na copa.
Estudo revela quantos minutos você deve caminhar por dia para viver 11 anos a mais
Conforme a coluna divulgou em junho, outro estudo, publicado no British Journal of Sports Medicine, sugere que, ser tão ativo quanto os 25% mais ativos da população dos Estados Unidos pode prolongar sua vida em pelo menos cinco anos.
A pesquisa, realizada por Lennert Veerman, professor de Saúde Pública na Faculdade de Medicina e Odontologia da Universidade Griffith, na Austrália, foi inspirada em um estudo de 2019 que constatou que o risco de morte prematura diminuía conforme os participantes praticavam mais atividades físicas. Os níveis de movimento foram mensurados com acelerômetros — dispositivos vestíveis que monitoram a atividade física.

Tanto a análise de 2019 quanto outras anteriores já haviam indicado que, quando medida com acelerometria, a relação entre atividade física e morte precoce é cerca de duas vezes mais forte quando comparada aos níveis mensurados por pesquisas ou questionários, conforme alegou Veerman.
Para as pessoas menos ativas, um pouco mais de movimento pode trazer benefícios ainda maiores. Os recentes resultados mostraram que, se um adulto que caminha 49 minutos por dia ou menos acrescentar mais 111 minutos de caminhada — totalizando 160 minutos do exercício diariamente —, isso pode ajudá-lo a viver cerca de 11 anos a mais.
“Fiquei surpreso ao descobrir que a perda de anos de vida nos EUA devido a baixos níveis de atividade física pode rivalizar com as perdas devido ao tabagismo e à pressão alta”, afirmou o autor da pesquisa.
“A boa notícia para quem não é muito ativo agora é que a primeira atividade conta mais”, disse ele.
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