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À espera do tarifaço, diversos economistas repetiram o mantra de que a situação tenderia a piorar muito antes que melhorasse. Não me parece que esteja sendo assim. Primeiro, porque o tarifaço não foi o que se temia, e eles mesmo reconhecem isso. Segundo, pelo que Donald Trump disse ontem e a resposta de Lula.
Provocado por uma jornalista da TV Globo, Trump disse: “Lula pode falar comigo quando quiser”. Instantes depois, Lula respondeu: “Sempre estivemos abertos ao diálogo”. Não é nada, não é nada, já é alguma coisa. Em maio, Lula enviou a Trump uma proposta de negociação à Casa Branca e Trump a ignorou.
O tempo fechou quando Trump na semana passada, em carta desaforada a Lula, vinculou o tarifaço à suspensão do julgamento de Bolsonaro e demais acusados pelas tentativas de golpe de dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Não bastasse, anunciou sanções contra 8 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal.
Eduardo, o traidor da Pátria, tem esperança de que Trump salve o papai dele. É melhor já ir se acostumando com a ideia de que não haverá salvação nem para o pai nem para ele próprio. Trump não irá à guerra em defesa de uma família de trapalhões. Convenceu-se de que somente Lula teria a ganhar com isso.
No fundo do poço reservado a políticos repousa uma mola, observa o ex-deputado Heráclito Fortes (PI). Ela está ali para, se for o caso, empurrar o político para cima. Por exemplo: dado como morto depois de impichado, o ex-presidente Fernando Collor se elegeu senador. Como reincidiu no crime de corrupção, hoje está preso.
Leve-se também em conta o acaso. Se o processo de senilidade do então presidente Joe Biden não o tivesse abatido em meio a campanha à reeleição, Trump, derrotado por ele, voltaria à Casa Branca? E se Lula não estivesse preso, Bolsonaro se elegeria em 2018? E se Bolsonaro não tivesse sido esfaqueado? E se, se, se…
Bolsonaro acha que perdeu a eleição porque Carla Zambelli, na véspera do segundo turno, correu em São Paulo atrás de um homem com uma arma na mão. Zambelli ainda estaria aí, e não presa na Itália, se não tivesse recrutado um hacker para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça. Não foi uma boa ideia.
Em parte, debite-se a Eduardo uma eventual derrota da direita na eleição presidencial do próximo ano. A ele e ao papai.