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Rewrite this title naturally: Vídeo. Corredora fica com olho roxo após agressão no Ibirapuera



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Relatos de agressões sofridas por mulheres durante treinos de corrida no Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital paulista, se disseminam pela internet. A violência ocorre, segundo as vítimas, quando homens agem de forma intolerante e agressiva pelo simples fato de algumas das mulheres correrem mais lentamente ou, ainda, “estarem no caminho” dos “machões”.

A atleta amadora Gleice Koyama ficou com o olho roxo (veja vídeo abaixo) após um corredor acertá-la com a mão fechada, durante um treino no Ibirapuera. Ela decidiu registrar o relato do caso, ocorrido em 19 de abril, em um vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram. Veja:

 

Enquanto destaca o hematoma no olho direito, a vítima conta como foi ferida e por quem.

“Eu levei um soco. E foi correndo no Ibirapuera. Explicando resumidamente, eu estava correndo, assim, normal. Aí, do nada, do outro lado, o cara saiu sentido contrário, numa velocidade muito rápida mesmo, esbarrou em mim e, nisso, ele pegou aqui em cheio [com um soco] no meu olho direito”, detalhou.

Assim como ocorreu com outras vítimas, o agressor de Gleice não parou o treino para perguntar se ela estava bem e continuou correndo, sem prestar socorro.

“Lixo humano”

Na semana passada, uma mulher, de 67 anos, foi empurrada no Ibirapuera “propositalmente” por um corredor, segundo uma familiar, caiu e rompeu o ligamento da virilha.

Raquel Flopes, filha de vítima, afirmou que a lesão foi decorrente da queda e que a mãe precisa usar cadeira de rodas, desde então, para se locomover, “devido a [atitude] desse lixo humano [corredor]”.

“Ninguém foi atrás dele, eu juro que só não fui atrás porque a prioridade era ajudar minha mãe deitada no chão”, completou.

Ela acrescentou que casos de violência durante treinos de corrida estão se tornando recorrentes no Ibirapuera, mencionando o caso de um amigo. O rapaz, de acordo com Raquel, foi empurrado por um corredor, durante um treino, caiu e fraturou o braço e o antebraço. “As pessoas estão malucas”.

Mari Silva também sofreu violência física no Ibirapuera, mas quando estava parada. “Um cara me chutou em um local que eu estava sentada. Esses covardes se sentem os donos do parque. As mulheres não têm segurança nem mesmo nesses locais, infelizmente.”

Ombrada no maxilar

O Metrópoles mostrou que dezenas de relatos de agressões durante treinos no Ibirapuera foram encaminhados para a corredora amadora, influencer e gerente internacional de vendas Noelle Pessoa, após ela compartilhar o caso na internet.

Ela afirmou à reportagem, nesse sábado (2/8), que vai registrar um boletim de ocorrência para que imagens de câmeras de monitoramento sejam disponibilizadas pela administração do parque à Polícia Civil.

No dia em que foi agredida por um homem — ainda não identificado por causa da ausência das imagens —, a atleta fazia um treino de corrida de 20 km no parque.

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Seguidora de Noelle Pessoa enviou foto com olho roxo, após também ser ferida no Ibirapuera

Reprodução/Instragram

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Coredora foi agredida durante treino no Ibirapuera

Reprodução/Instragram

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Maxiliar de vítima foi atingido por ombrada de homem que corria

Reprodução/Instragram

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Vítima pretende formalizar denúncia junto à polícia

Reprodução/Instragram

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Imagens de câmeras serão procuradas por parque após registro de BO

Reprodução/Instragram

Em decorrência de uma inflamação, diagnosticada em 2017, ela passou a treinar no Ibirapuera, intercalando o sentido da corrida, para evitar sobrecarga no quadril — como indicado por um fisioterapeuta. Após percorrer 10km, seguindo a orientação do especialista, ela mudou o sentido do treino e percebeu que um homem — que vinha no sentido contrário — se aproximava.

De acordo com Noelle, ela se arriscaria caso tomasse a iniciativa de desviar, porque invadiria uma pista exclusiva para ciclistas. Já o corredor poderia mudar a trajetória, mas esperou até último instante, deixando o ombro bater no maxilar da vítima, aparentemente de propósito. Ela chegou a pensar que havia quebrado alguns dentes, tamanha foi a força da trombada.

Mais agressão

Noelle, após respirar um pouco, correu atrás do agressor até alcançá-lo, quando o empurrou pelas costas. O corredor a respondeu com agressividade e tentou dar um tapa no rosto da vítima. Ela conseguiu se esquivar a tempo, até que algumas pessoas apartassem a situação.

Após o ocorrido, a corredora compartilhou o caso em seu perfil no Instagram, que, até a publicação desta reportagem, contava com 45,6 mil seguidores.

“Infelizmente, eu não fui a primeira e, pelo jeito, nem a última. Inclusive hoje [2/8] recebi um novo relato de uma seguidora, que também levou uma ‘ombrada’ maldosa no parque”, relatou Noelle ao Metrópoles.

O compartilhamento da agressão, ainda de acordo com gerente de vendas, a fez receber dezenas de denúncias. No mesmo dia, segundo relatado por ela à reportagem, uma seguidora lhe procurou, enviando uma foto de seu olho roxo (veja galeria acima), por causa de uma agressão sofrida no Parque do Ibirapuera, também durante um treino.

“Fiquei com meu olho roxo, uma semana antes do meu aniversário. Foi bem traumático. Demorei pra voltar a correr lá [Ibirapuera], e não fui mais sozinha”, afirmou a seguidora para Noelle.

Após a formalização da violência sofrida, que será, em breve, feita junto à polícia, o agressor deverá ser procurado para responder criminalmente pelo caso.

Dados fechados sobre violência contra mulheres, no ano passado em São Paulo, indicam a incidência de 357 casos diários, considerando os 101 mil boletins de ocorrência registrados pela Polícia Civil e contabilizados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).


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